23 de dezembro de 2008

Meu afeto de fim de ano.

Eu conheci uma pessoa no fim desse ano que...

Essa pessoa foi, por vários momentos, encantadora. Eu via alguma coisa nela, que há tempos não via em alguém. Bondade, altruísmo equilibrado, carinho... Não sei muito bem definir... É uma sensação... Cálida.

E nos momentos em que ele esteve ao meu lado... Cada ação sua, parecia estar transbordando daquilo que ele levava no coração. Depois, eu percebi que era simplesmente ele. Do jeito que era, ele transbordava a si mesmo.
E eu sentia como... Como se a vida me amparasse.

Eu sei hoje, que em alguns dos momentos que estivemos juntos... Eu realmente precisava que alguém estivesse ali, naquele lugar, naquele momento, e que agisse daquela maneira.
...
Mas é que eu já estava tão acostumada a ser sozinha e ter só a mim.
Talvez por isso, ele tenha me tocado o coração. Ele fez com que eu não me sentisse só, nos momentos que eu mais precisava.
Eu percebi, por mais narcísico que seja - e peço desculpas por isso - que ele me fazia lembrar daquilo que havia de bom em mim. E é fato que sempre me foi custoso admitir que sou uma pessoa boa. Suficientemente boa.
E eu me senti acolhida e encantada com a simplicidade dele, de exercitar o que era. Com a coragem de contar sonhos e de me aquecer o coração.

Eu fiquei com medo sim, de postar esse texto. Fiquei com medo que ele pensasse que se trata de uma declaração amorosa romântica... Mas eu não quero mais a pretensão de tentar adivinhar o pensamento alheio.
E, depois de escrito... Esse texto já não é mais, somente meu. Ele é também, daquele que o lê.
Na minha interpretação, não se trata de amor, romance ou exagero. Trata-se de... Uma gratidão misturada com carinho. Trata-se de sentir o que é bom e simples. E seria por de mais contraditório que eu deixasse de expressar o que considero ser o bom em mim, sendo que fui afetada por ele, dessa forma: com o bom. Sendo que ele, me fez lembrar desse mesmo bom que eu havia esquecido ter.
Seria pequeno de mais, eu ter re-aprendido o que é o carinho e escondê-lo por medo do julgamento dele. Ele foi ele. E essa, sou eu. Acho justo e digno da minha parte.

Eu já escrevi sobre o afeto uma vez. Afeto, pra mim, é aquilo que afeta. Um tapa ou um beijo... Ambos são afetos. Afeto é aquilo que te transforma de alguma maneira. Há algumas semanas atrás, eu pedi pra ser afetada novamente. Não percebi que já tinha sido.

eu acho que sempre escolhi deixar uma parte minha às pessoas que me afetam. Um anel, cartas, um cachecol, lágrimas, silêncios reveladores, a cor da minha aura, abraços...

Essa é a parte de mim, que despendo a ele.

2 comentários:

Unknown disse...

só digo que esse cara é um cara de sorte...

Catarina Eya disse...

de muita, mais muita sorte! :)