19 de janeiro de 2009

Jogo.

Depois e certas transformações que eu passei, eu percebi que certos relacionamentos são só jogos de poder. As pessoas não conseguem ver os próprios medos, que jogam. Jogam pra ver quem tem mais medo de perder o outro, pra ver quem sofre mais, quem gosta mais de quem, pra ver quem pode mais... Tudo isso pra mim... É jogo de poder.

E hoje eu sei que sou feliz com a minha escolha de não jogar esse jogo. Não voltaria atrás.

Mas às vezes, eu ainda penso em calar minhas verdades.

Porque às vezes... parece que as pessoas só jogam esse...

Às vezes... parece que ninguém joga o jogo do amor.

Às vezes é um saco ter sempre esse meu jeito de fazer parecer com que o outro é importante. Ou até mais importante.
Às vezes eu canso dos meus remendos e das minhas explicações... Da minha prolixidade.
Às vezes é um saco não ser mais detentora de um orgulho bobo, das coisas politicamente corretas e aceitas, das dissimulações que, hoje, me são tão tóxicas... Às vezes é um saco esse meu jeito de fazer com que o outro se sinta importante. Até mesmo mais importante que eu.

Que merda!

Eu queria, assim, só às vezes... Ter um jeito... Genuinamente egocêntrico.

Uma espécie de ilusão que me fizesse acreditar que "dessa vez, eu ganhei. Dessa vez, eu saí por cima.” Um jeito que fosse um tanto "foda-se o outro", ou.. "o outro tanto faz".

Eu sei que logo depois de sentir essas coisas, eu iria querer voltar atrás, pro meu jeito de hoje, que me faz tão bem... Mas às vezes eu queria ter a ilusão do ganhar, pra não me sentir assim... Ridiculamente burra, ridiculamente ingênua, ridiculamente tão.... Idiota.


Ou... Calar minhas verdades...

Ás vezes, eu queria ganhar no jogo do poder.