13 de fevereiro de 2011

a pequenina que anda sobre a piscina

hoje fui ao teatro.
mentira.

na verdade, hoje fui ao Teatro.







talvez eu esteja voltando
àquilo que por momentos já fui
talvez esteja voltando
àquilo que ainda não fui
talvez eu esteja "voltando".





mente quem diz que a Lua é velha.

4 de fevereiro de 2011

miopia

Ela não rompe com o de fora pra não romper com o de dentro ou o contrário?

Ela finge que não sabe que, dentro - ou inside pros britânicos -, ela já irrompeu.
Irrompeu em si mesma, de si mesma, pra si mesma.
Ela cresceu.
Mas é que a miopia de um grau e meio, não deixa ela ver. Aí, quem vê, são os outros.

Um café, uma janta, uma conta.
Um cuidado. (Um?)

Ela tem a inteligência de não reclamar e... Fazer.
Não adiar.

Ela é grande e tão bonita!
Acho que ela nem sabe, mas ela tem uma beleza que é tão humana e por isso é tão intensa! Aquele tipo de beleza que ri das próprias manias. Aquele modo de existir e ser que é incrivelmente bonito porque é do próprio tamanho.
Nela, já existe uma coisa que aceita o que é.
E isso.... É de uma grandeza descomunal. E não "normal".


Será que ela não rompe, porque sabe que se romper, vai ser ela por ela e fim?
Vai ser ela... Sendo. Simples assim. Será?


Será só preguiça?

Ou será que ela não se vê porque sabe que se ela se ver, necessariamente o rompimento se constitui. Não por uma vontade dela, mas por uma vontade da vida.
É que quando a gente é adulto não dá pra andar engatinhando. E aí, a gente naturalmente larga as coisas que nos prendiam com os joelhos no chão. E isso se dá não por uma vontade humana. E sim por uma vontade divina.

Crescer não é egoísmo. Ir não é egoísmo.
Verbo é Deus se manifestando.

Essas coisas com as quais ela não rompe, são uma espécie de garantia a miopia? Será que essas coisas com as quais ela não rompe são desculpas pra ela mesma não ver com absurda clareza a pessoa tão grande que ela é?

Por que ela é.

"É", sabe? Do verbo Ser.