2 de julho de 2008

Sopro


Às vezes eu espero a dissolução.
Eu espero a resolução.
Ponho a mão sobre o rosto e brinco de olhar pelos cantos.
As pupilas correm.

A vida vem...
E parece mágica.
Os pedidos escritos num papel são concedidos, e...
E... e eu tenho medo.
... ainda.

Eu esvazio.
Eu exagero.

Eu espero a dissolução.
Espero porque tenho medo.

Existe uma mão.
Uma mão que me carrega sempre para o mesmo sentido.
Qualquer esforço contra seu movimento... é sopro.
E eu, intoxicada de inutilidades, ainda tento.
... ainda.

Existe uma mão cega.
Destemida.
...
Destemida.



Também nessa noite, não descobri meus porquês.

Um comentário:

.mila alves. disse...

Mas ainda há sopro ... sopro de menina, que num futuro próximo, á de se dissolver. O medo faz parte ... né?!