14 de junho de 2008

Táxi Lunar

Hoje eu vi beleza na fotografia que meus olhos lacrimejantes tiraram enquanto estavam direcionados para as luzes que brotavam das janelas das casas localizadas embaixo de uma ponte.
Eu sorri.

Hoje, ouvindo e cantando Rachael Yamagata, eu fui acometida por aquela sensação que tenho às vezes... E também sorri.

Essa sensação deveria ter um nome. Um nome tão significativo que fosse referência nos dicionários.

A vida que eu redescubro a cada dia, é cada vez mais bonita. Cada vez mais tocante.

Hoje, eu me senti bem.

Consegui ver com carinho a ausência de beijos que minha boca vem sentindo. E até foi interessante quando eu imaginei que o último menino que me desejou estivesse ali perto de mim. Ou que eu o encontrasse, por acaso na rua... Pra eu dar oi, pra eu trocar olhares e sentir novidades. Pensei que talvez, certas coisas na vida, fiquem mesmo no mundo de "fantasias concretas"... Não por falta de vontade de efetivamente concretizá-las, por incompatibilidade de tempos, mas porque simplesmente o "mundo fantasias concretas" é feito por elas e para que elas reinem ali, e somente ali. Pensei que certas coisas existam para não serem realizadas em ato. Há uma delicadeza peculiar nisso.
E eu fui acolhedora comigo mesma quando vim ao Msn em busca dele... Pra ter uma simples conversa, sobre coisas simples.

Não é paixão, ilusão ou expectativa. Talvez seja um pouco de carência, misturada com nostalgia e uma incrível e agradável sensação de ser querida. De ser amada. De uns tempos pra cá eu venho me perguntando por que a palavra "amor" é sempre usada com cautela. A meu ver, o amor poderia muito bem ser usado com abundância.

Hoje, , só o meu querer por mim, não me bastou. Precisei buscar em outras fontes... E gostei muito de fantasiar com o pé no chão.
Hoje, a vida me mostrou, mais uma vez Aquela sensação. Aquela que me é ainda sem nome e principalmente sem forma.
E assim, as coisas se tornam carregadas de uma sublime e sutil beleza. Uma beleza não só externa, ela quase chega a ser uma calma, uma calma aconchegante, que vem de dentro das próprias coisas. Talvez de dentro daquilo que costumamos chamar de alma.

Hoje, as coisas são simples.
Hoje, as verdades existem.
Hoje.. Eu sou carregada de beleza e calma, sublime e sutilmente.

E com toda a minha alma, eu ergo meus olhos brilhantes pro céu... Suspiro... E sorrio.


"Bela linda criatura, bonita
Nem menina, nem mulher
Tem espelho no seu rosto, de neve
Nem menina, nem mulher

Apenas apanhei na beira-mar
Um táxi pra estação lunar"

2 comentários:

.mila alves. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
.mila alves. disse...

Você já parou, para reparar em como a brisa leve ou o sol em seu poente mais dourado, quando lhe bate no rosto, lhe deixa linda?!