30 de maio de 2011

Rádio

Hoje, eu fiquei alguns momentos sozinha em casa. Fui até a porta da cozinha e olhei pro céu.
Escuro.
Céu daquele horário mágico de mim. Meu horário segredo. Meu horário de canção silenciosa cheia de Vida pulsando, neutra. Ardendo quieta.

E aqueles probleminhas do cotidiano, aquela picuinha no trabalho, aqueles discursos cheios de intelectualidade e psicologia, aqueles medos de perder verdadeiras migalhas, toda essa vida baixa... Tudo ficou tão pequeno diante daquela imensidão de divindade!

Disse baixinho, quase como se rezasse: Me leva pro alto!

Fiquei ali por uns instantes. Só... Existindo.

Sinto falta desses momentos de tanto nada, sendo que por isso, tudo acontece.
Mas o tudo que realmente importa. O tudo que é pleno e que está o tempo todo gritando a si mesmo na natureza de tudo.
Sinto tanta falta de ter esses momentos com frequencia! E não existe essa baixeza da "luta do dia-a-dia", existe só... Sentir a presença do Deus.

A vida acontece na calma.

Liguei o rádio. Um músico jovem era entvistado. Comentou do seu disco, de algumas parcerias, das inspirações pra compor as letras e, depois de um tempo, veio essa música.

Eu pensei com tanto carinho nos meus amigos cantores. E nas vezes em que a gente sente coisas vivas dentro, tentando achar um meio e um sentido pra viver (d)o próprio sonho.

Pensei neles com tanta espontaneidade e força! E quis dizer pra eles: Vai! Vai!

Um Vai! que não tinho outro significado senão o de que eles acreditassem no talento que têm . Porque há, indiscutívelmente, talento. Pra que eles fossem! Se lançassem na vida e se lançassem ao próprio talento. Se lançar àquela coisa que sabemos que é maior que nós, justamente porque se passa dentro de nós.
Exatamente como uma música.

E no lançar-se não vai nenhuma cobrança ou conselho. Queria dizer pra eles, porque queria dizer pra mim. E vice-versa.

Queria dizer que o caminho de fora se faz junto com o de dentro, porque na verdade...Só existe um! Então... Vai!

Eu senti um amor por eles! Eu profundamente sorri por eles. Com tanto amor!
Fui tocada por uma vontade genuína de encorajá-los para o próprio destino, para o próprio fatal.


Esse texto é uma oferenda a eles. Um pequeno presente. A eles, e a mim.


Escrevo, porque quero sonhar junto com vocês. Quero, comovocês, ter coragem.

Sonhar com aquilo que fatalmente vamos nos tornar: nós mesmos.

3 comentários:

Meggie disse...

Bá:
eu Eu EU eU queria muito dizer OTANTO que isso significou em lágrimas brotando nos meus corações verdes... E maduros de dor... E de sorrisos de olhos cansados. Falta-me coragem e me sobram significados. Amo tu amiga. De verdade. Você é, você. Sempre. Seus cachos. Um abraço muito.

Catarina Eya disse...

Bárbara, gosto de vir aqui. Sempre aprendo coisas bonitas e significantes. Obrigada. Beijocas! :)

Thiago disse...

Fui!!! Vem também! =D