9 de janeiro de 2011

ali e nada

tudo o que eu sinto, sinto menos.
porque tudo o que eu acho que é, não é.
o que é eu não vejo. eu vejo que o é, é, quando o é, é em exagero.

e a isso freud chamou de negação (?)



o que eu sinto que chamo de desconforto não é desconforto, sou eu me achando uma pessoa horrível, ou mentirosa, ou omissa, ou negligente.
às vezes eu acho que troquei a palavra ridícula pela negligente.

o que eu sinto, percebo depois que sinto.

... essa minha falta de gentileza ...

ou é essa minha incrível tolerancia à auto-dor que me faz ver que eu dôo quando morro?



sou uma alienada.
de mim.
alienada sou.
uma de mim.
alienada.

sou ali
e nada



[ai que versinho idiota!]


e essa minha intolerância às primeiras perguntas por não querer a terceira...
e o fato de eu ter que justificar com tanta verborragia simplesmente pra dizer que não gostei.


e esse meu mimo de querer tudo do meu jeito, do jeito que eu quero. e isso? é mimo ou ética?



hoje, eu um saco.

3 comentários:

Meggie disse...

Oi Babi Lispector... Que saudades de ti. Amei esse post. Hoje eu também estou um "saco". Aliás, como digo, "tão chata que nem eu me aguento". Tolerância à auto-dor... Interessante... Penso... Ser assim...
Seja-se.
Beijos mil.
Mandi.

Patty Ghattas disse...

eu amoo esse jogo de palavras haha...não é nada idiota!!
vivo lembrando do que vc me fala ''atenha-se aos fatos amiga!''..your own advice!

Tay disse...

Que triste esse foi no dia do meu aniversário:/